sexta-feira, 17 de maio de 2013

V¡RADA ¡BERO-LAT¡NA




Por @cambio_losanoff


Acontece neste sábado e domingo mais uma edição da já tradicional Virada Cultural de São Paulo. Este ano, para não variar, centenas de atrações dividem-se em inúmeros palcos pela cidade. Serão artistas e bandas nacionais e internacionais de vários estilos e gostos, além de teatro, cinema, exposições, workshops, gastronomia, circo, stand-up comedy e o escambau. 



Mas vamos nos ater ao que realmente interessa neste blog: separamos os 12 artistas ibero-americanos que vêm se apresentar no referido evento. Há grupos da Argentina, Chile, Uruguai, Portugal, Jamaica e Rio Grande do Sul. =P

São eles:

Palco Estação da Luz

18/05:

23h - Fernandez Fierro (Argentina)


A energética Orquesta Típica Fernandez Fierro, que já havia mostrado o seu tango furioso anteriormente em São Paulo (no Auditório Ibirapuera), agora fecha o palco Estação da Luz, sucedendo o despojado grupo Língua de Trapo.


19/05:

1h - Rascacielos (Argentina)

3h - Orquesta El Arranque (Argentina)

5h - Juana Fé (Chile)

7h - 34 Puñaladas (Argentina)


No dia seguinte, mais orquestra de tango (e não só). Uma sequência de artistas argentinos de estilos variados (e uma banda chilena) tocam madrugada adentro, até raiar o sol. Primeiro, o dúo de rock e música eletrônica portenho Rascacielos (Gustavo Lamas e Leo García). Em seguida, o tango renovado da Orquesta El Arranque. O sotaque muda com a ótima banda chilena Juana Fé, que mistura cumbia, salsa, rumba e ska. E fechando, a premiada 34 Puñaladas, uma orquestra de tangos carcelarios, reconhecida como uma das mais originais no estilo. 



Palco Barão de Limeira


19/05:

7h - Satelite Kingston (Argentina)

9h - Nyabingh Chants + Priest Tiger (BR-Jamaica)


A super banda de ska-reggae argentina Satelite Kingston toca de manhã cedo, logo antes do músico Priest Tiger e Nyabingh Chants, da Jamaica. Serão, no mínimo, 3 horas de good vibration, quem sabe até 4:20. =P




Palco Pátio do Colégio - Palco Vanzolini

18/05:


Ideia do músico gaúcho Arthur de Faria, insere o Brasil de vez no riquíssimo caldeirão musical latino-americano, ao trazer criativas fusões de ritmos brasileiros com argentinos e uruguaios. Os  membros do projeto se descrevem en español como:


Siete de los más interesantes artistas del cono sur, casi todos ellos compositores, todos con relevantes carreras solistas (o con grupo) reunidos para mixturar sus canciones y temas instrumentales con los clasicos y las perlas olvidadas de Uruguay, Brasil y Argentina.







Palco São João

19/05:

4h - Mão Morta (Portugal)

Veterana e soturna banda de rock portuguesa, que mistura rock alternativo, pós-punk e beatnik, sobe ao palco na madruga de sábado, entre um show-tributo-homenagem ao falecido cantor Chorão, do Charlie Brown Jr, e os norte-americanos Soft Moon.





Palco Pátio do Colégio

19/05:

2h - Wordsong (Portugal)

4h - Osso Vaidoso (Portugal)


Mais duas bandas portuguesas, com certeza. Curiosidade: o líder do Wordsong, Pedro d'Orey, foi membro do grupo brasileiro Metrô (!!) nos anos 80 (dos hits Beat acelerado e Tudo pode mudar, ressuscitados nas Festas Ploc da vida). Com este projeto, nada de saudosismo pop oitentista. Pedro traz ao Palco Pátio do Colégio músicas inspiradas em poemas de Fernando Pessoa. Mas, vai saber, também. No balanço das horas, tudo pode mudar...


E a belíssima dupla experimental Osso Vaidoso (Ana Deus e Alexandre Soares) toca na sequência, na mesma hora dos conterrâneos Mão Morta, mas em palcos diferentes.


Para saber um pouco mais sobre as três bandas lusitanas da Virada, clique aqui.







Palco Julio Prestes

19/05:

18h - Jorge Drexler (Uruguai) 



O consagrado cantor uruguaio - que dispensa apresentações - fecha merecidamente a Virada Cultural no Palco Julio Prestes, tocando logo depois de Criolo e Racionais MC's. Em Porto Alegre, semana passada, foi assim:



quarta-feira, 15 de maio de 2013

JAR¡NA DE MARCO - PRATO PR¡NC¡PAL


pequena notável



Ela é dominicana, filha de brasileiro, radicada nos Estados Unidos e pupila de Wyclef Jean (ex-Fugees)Jarina de Marco é seu nome e Main Dish o primeiro rebento musical.


A canción faz parte da mixtape de Wyclef chamada April Flowers, onde o rapper e produtor haitiano abre espaço para inúmeras participações especiais - um extenso cardápio contendo 33 músicas. A filha do músico Tadeu de Marco surge apenas na 28ª do álbum - e sua interpretação é saborosíssima, o que se espera de um prato principal. 

Com pouco menos de 3 minutos, o tema é viciante, desde a batida até o sample (o mesmo usado em Big Pimpin', de Jay-Z), passando, claro, pela bela voz de Jarina, que alterna com desenvoltura inglês e espanhol em suas rimas e melodias. 

A cantante-rapera dominicana provavelmente virá com mais delícias sonoras em breve. Main Dish, então, seria apenas um aperitivo, uma provinha. Enquanto novas receitas não vêm, desfrutem-na:


Em sua coluna no ótimo site La CaseteraMax “Drlacxos” Cueto fala um pouco mais sobre a carreira de Jarina de Marco.

domingo, 5 de maio de 2013

MACHA COLÓN Y LOS OKAP¡: RA¡NHA DA ALEGR¡A

Divine is not dead! 


Uma nova estrela brilha na constelação indie porto-riquenha e seu nome é Gisela Rosario. À frente de sua banda, Gisela responde por Macha Colón y Los Okapi. O vídeo de Jayá, primeiro single do disco Tanquesito de Amor (a ser lançado apenas no fim de 2013), começa a ultrapassar as fronteiras de seu país, encantando ouvidos curiosos - e de diferentes gostos - continente afora.

Cheguei à cantautora porto-riquenha Macha por conta do amigo peruano Jinmy Vitte (baixista da banda mexicana Los Negretes), sempre compartilhando infalíveis dicas. Isto é o que eu chamo 'globalização do bem'.

E o que temos aqui com Jayá é simplesmente um daqueles hits instantâneos, com jeitão de hino celebratório da alegria plena e sincera, isento de cinismos ou preconceitos. Gisela 'Macha' Rosário te "obriga" quase que inconscientemente a acompanhá-la no poderosíssimo refrão/mantra ¡Estoy jayá! 

Peraí: jayá?...

Após infrutífera busca pelo pai dos burros virtual, o gúgou, perguntei a Jinmy o que significava, afinal, "estar jayá"... e ele não soube responder.

Recorri então ao tuíter para saber do sítio Puerto Rico Indieque fez um belo texto sobre Macha, o quê exatamente queria dizer a enigmática palavra, imaginando que fosse uma expressão típica e exclusiva daquele país. A resposta:

Según la propia Macha, estar "jayá" significa: "estar contento con quién uno es y dónde está en la vida. - Ou seja, nada melhor do que lançar mão de neologismo onomatopeico para se expressar um inexplicável sentimento.

E quem parece ter se inspirado (ou seria contaminado?) pela sensação de bem-estar causada pelos quase 7 minutos do catártico vídeo original, foi o músico Eduardo Alegría (nada é por acaso), integrante da seminal banda Superaquello, que postou em sua página do feicebuqui: 

Acabo de inventar um termo, se chama POK: pop com atitude do-it-yourself, que o aproxima do punk. Macha é, sem dúvida, uma rainha deste ritmo que acabo de inventar.

Mais detalhes sobre vida e obra da grande expoente do POK nesta entrevista.