Azul pode ter sido a cor mais quente de 2013, mas os temas mais calientes, saborosos, pegajosos, etéreos e encantadoramente estranhos do ano você ouviu mesmo foi no programa CAMB¡O, exibido na web via Rádio Cocoa (direto das cordilheiras de Quito, Equador).
Abaixo, um apanhado das 50 melhores canções - lançadas em 2013 - que tocaram nas edições quinzenais do CAMB¡O esteano, com bandas de toda América Latina (muitas do Brasil), Espanha e Portugal. Para ouvi-las, basta clicar nos nomes.
Então é isso. Enquanto um já cansado 2013 vai dando seus últimos passos rumo ao fim iminente, é chegada a hora deste (pouco atualizado, é verdade) blog fazer a sua lista de melhores discos do ano.
- Oh não!, mais um arbitrário #TheBestOf baseado única e exclusivamente no gosto pessoal do editor do blog, cuja subjetividade na opinião varia conforme humor, temperatura do ambiente, estresse laboral e níveis de sangue no álcool.
Sim, é verdade. Por isso mesmo vamos apenas listar aqui os 15 discos favoritos do CAMB¡O em 2013. Simples assim. Nada de ~melhor~. Ainda que dentro deste universo dos 15 tenhamos... Oh não!, mais um arbitrário #TheBestOf, baseado única e exclusivamente no gosto pessoal do editor do blog. =P
15 - La Vida Boheme - Será (Venezuela)
Os jovens caraquenhos formaram a banda em 2007, estourando fora de seu país três anos depois com o super hit Radio Capital. A partir daí o quarteto tornou-se presença garantida nas últimas 3 edições do Grammy Latino (venceram em 2013, "melhor álbum de rock"). Será tem canções redondas e elementos comuns a grupos da era strokeana, como Bloc Party, resgatando o pós-punk e mirando as pistas de dança. Mas no caso dos venezuelanos, pelo menos, com identidade própria (o que fica claro em La Vida Mejor). Destaques: La Sangre y el Eco, Viernes Negro, Angelitos Negros e La Vida Mejor.
14 - Cadaver Exquisito - Centrifugaba EP (Equador)
Quinteto de indie rock e electro pop de Guayaquil que teve a pachorra de lançar este desavergonhado EP (pelo ótimo selo Cvra Lvdorvm), cujo carro-chefe, Centrifugaba, se mostra um tema constrangedoramente chiclete, exagerado, brega e divertido (bem como o seu video-clipe oficial). Seria uma cruza de Killers com Kings of Leon, (ainda) mais cara-de-pau que os gringos - e com a vantagem dos equatorianos não se levarem a sério. Inclusive no bigode (grosso). Respeita o moço! Se fizessem hard rock farofa seriam os Darkness sul-americanos. Destaques: Centrifugaba, Rueda e Por los Techos.
União da talentosíssima dupla Teri Gender Bender (Le Butcherettes) e Omar Rodríguez-López (At the Drive-In, Mars Volta e trocentos outros projetos). Disco ora climático, ora guitarreiro (em uma mesma canção, inclusive), sempre melódico e por vezes sublime, como em Red e The Eye Fell In Love. Outros destaques: Worthless, I Cry For You e Always on the Run. Se você gosta de PJ Harvey e Yeah Yeah Yeahs é bem provável que aprecie este álbum.
Punk. 5 músicas em 6 minutos. É isso. Não há desperdício. Inclusive na mensagem. Os madrilenhos querem que você mantenha o foco, pense positivo, tenha voz ativa e não busque culpados para os seus próprios erros. E ainda sobra tempo para falarem da crise financeira mundial, que tem afetado sobretudo os EUA e a Europa - muito mais do que os países ditos emergentes, como o Brasil, é verdade. Ainda. Destaques? Todas: '1', '2', '3', '4' e '5' (sim, são os nomes das músicas, não à toa o álbum chamar-se Zero).
11 - François Peglau - La Crisis Del Segundo Disco (Peru)
O músico peruano fez parte junto com Pipe Villarán da (hoje clássica) banda de rock Los Fuckin Sombreros, no início dos anos 00. Com o fim do grupo, ambos se dedicaram a projetos solo e Peglau, auto-exilado em Londres, saiu-se em 2013 com este melancólico e belíssimo segundo disco. Destaques: o primeiro single Salvación Mariachi (uma das canções mais lindas e tristes do ano - que na verdade é de 2012), Costa Rica (surf music lo-fi), La Fiesta Terminó e Dubai (The Police on pills). Discão.
10 - Pablo Malaurie - El Beat de la Cuestión (Argentina)
Pablo Malaurie foi vocalista e guitarrista da finada banda de indie rock Mataplantas, que lançou três belos discos entre 2005 e 2008. Desde entonces, Pablo vem se dedicando a sua carreira solo e neste segundo álbum do cantautor, o rock e o folk são inundados por teclados e sintetizadores (com guitarras entrando como complemento de luxo), formando um som climático e ao mesmo tempo cálido e etéreo - retrô-futurista. A vocalização característica de Pablo também dá um toque especial - e personal - ao trabalho (ainda que seu estilo 'theremin natural' de vibrato possa desagradar os ouvintes de primeira viagem). O álbum é produzido por Mariano 'Manza' Esain, (Valle de Muñecas), além do próprio Malaurie. Destaques: Pasto en la Espalda, El Beat de la Cuestión, Lorelei, No te Hagas la Leidi e Constelación Abductora. Relaxa no sofá e deixa rolar.
Cuuuuuumbia!! Esta banda limenha que se autodenomina ocho huevones que le ponemos puro corazón, na verdade consegue no seu primeiro álbum traçar um caminho semelhante ao que os conterrâneos Bareto já vêm trilhando há alguns anos: renovar a música folclórica do país, mesclando las quenas, el charango e salsa com guitarra elétrica e levada pop muy atraente aos fãs de rock, inclusive. Letras que podem ser ora borracheras, ora politizadas, também fazem parte desta "nova invasão" peruana. Destaques: Serpiente Dios, El Tigre, El Cuento e Yo No Sé.
Ninguém melhor do que o próprio duo chileno para falar de seu novo álbum: Vivos es una revisión completa de los sonidos que identifican a Perrosky, que incluyen desde el rock and roll stoniano, las sonoridades más country y rancheras, el lado más punk y el pop sesentero, hasta el blues. Em alguns momentos pode lembrar White Stripes (fase De Stijl) ou até Jon Spencer Blues Explosion. Mas é muito mais do que isso. Destaques: a ótima Exlilio,Dos Son Tres, Rascale, Contrabanda (que faz uma ponte involuntária com os uruguaios Hablan Por La Espalda, a partir da fase Macumba) e Tu y Yo.
07 - Anarkia Tropikal - La Venganza de los Brujos (Chile)
Um bando de chilenos pirados que ousam (com sucesso) juntar dois estilos aparentemente tão díspares, sem soar algo forçado: cumbia (principalmente a chicha peruana) e punk. Neste novo álbum o ritmo afro-latino tem muito mais destaque, mas a atitude punk segue presente. Urgente e alucinógeno; anárquico e psicodélico. Destaques: Ayahuasca, Satan es el Surf (Jello Biafra iria adorar essa), Alucinaaa!!! e Prende la Mecha. A bailar la cumbia punk!!
06 - Systema Solar - La Revancha del Burro (Colômbia)
Saborrrrr!! Eis um legítimo representante da nova música colombiana (ou afro-caribenha), fusionando respeitosa e originalmente estilos da cultura popular de seu país com hip hop, techno e demais vertentes da música eletrônica, gerando a electrocumbia - a exemplo dos conterrâneos Bomba Estereo (lembrados na lista do ano passado). Destaques: La Esquina del Movimiento, Nite Nine (de ótima pegada funky), Artificial (com participação de Debbie Harry, eterna musa do Blondie), Eso Ke Es? e o primeiro single (lançado ainda em 2012) El Botón del Pantalón.
05 - Alcolirykoz - Viejas Recetas, Remixes y Otras Rarezas (Colômbia)
O grupo de hip hop de Medelin ataca com um disco repleto de bases criativas e rimas inspiradas, mesclando temas novos com remixes de canções antigas. Difícil escolher um destaque dentre tantos neste álbum, mas Agacha, Erre con Erre (brrrrincando com a prrrronúncia do errrre nas rrrrimas), além das jazzyA Mijazz (Remix) e Clases de Etiqueta (com ótimos vocais de Andrea Tráfico) e da nostálgica 1999 (exaltando tempos pré-internéticos) são perfeitas amostras do enorme talento destes colombianos.
Se no ano passado tivemos os novos deValentín y los Volcanes, La Ola Que Quería Ser Chau e dos grandes El Mató A Un Policía Motorizado(as três bandas de La Plata), é chegada a vez de conhecermos esta agrupación de indie rock de Buenos Aires que dialoga em diferentes níveis com as demais (e bastante com os também platenses 107 Faunos, reis do lo-fi argento, que devem sair com material nuevo em 2014). Bestia Bebé tem o selo de qualidade Laptra, é claro. Destaques: Omar, Lo Quiero Mucho a Ese Muchacho, Wagen del Pueblo e Luchador de Boedo. De todas formas, pode dar play sem medo e deixar rolar inteiro, um dos melhores discos de rock lançados em 2013. Eu disse "melhores"?... Ah, já foi. =)
03 - Alika y Nueva Alianza - Mi Palabra Mi Alma (Argentina)
A cantante uruguaia-argentina Alika (Alicia Dal Monte) acaba de lançar o seu sétimo álbum quase na última volta do ponteiro de 2013. Não há nada muito diferente aqui do que Alicia vem burilando nos últimos 10 anos, é verdade, mesclando reggae, ragga e dancehall com hip hop, sempre com a filosofia rastafari norteando suas letras. Mas até que Alika arrisca, sim, em três cumbias (é tendência) e acerta em cheio. Apenas sua poderosa mensagem já seria motivo suficiente para fazer do álbum (de 19 canciones e coalhado de participações especiais) merecedor de figurar entre os 15 discos favoritos do CAMB¡O em 2013. Mas o disco ainda traz ótimas bases e rimas para darem corpo a mensagem da rapera-reggaera. Fica como registro que o novo de Miss Bolívia esteve ocupando o lugar de Alika até os 47 do segundo tempo (ou até 21 de dezembro, mais precisamente). Destaques de Mi Palabra Mi Alma: a poderosa Jengibre, Gracias a Jah, Abrazarte (Hold Yuh Remix), as cumbias Dejalo Gyal (ufa!, pegaram leve no autotune nesta versão) e Fuego le Vamos a Dar (Feat. El Traidor), além de Despertar y Vivir (¿Como vamos hablar de amor con todo nuestro ego?).
Representante da terrinha na lista, Deolinda é um grupo que vem fazendo desde 2006 com o fado - e com a música popular portuguesa em geral - o que outras bandas já citadas aqui na lista fazem com a cumbia e a música folclórica de seus países - como Systema Solar (Colômbia) e La Nueva Invasión (Peru). Como dizia Chico (o Science): modernizar o passado é uma evolução musical. Neste novo disco, o quarteto de Lisboa brilha tanto nas letras (nada fatalistas, como nos fados clássicos, pelo contrário) como nos ricos arranjos - e ainda com a lírica voz de Ana Bacalhau a nos acalentar os ouvidos, o coração, a alma. Ainda sobre as letras, é importante saber que Deolinda não é o alter ego da vocalista, mas o nome de um personagem inventado pelos músicos da banda, uma jovem solteira, sem muitos atrativos físicos e que só se enamora de rapazes que não lhe dão bola. O universo de Deolinda inspira boa parte das composições da banda. Destaques de Mundo Pequenino: Algo Novo, Concordância, Musiquinha, Seja Agora, Pois Foi e Doidos.
01 - Triangulo de Amor Bizarro - Victoria Mística (Espanha)
Após lançar o esporrento (e sensacional) Año Santo (2010), o quarteto de indie rock de La Coruña volta com mais um petardo (9 músicas em pouco mais de 30 minutos), o quarto da carreira, honrando o legado de My Bloody Valentine e Jesus & Mary Chain (e dos fiéis seguidores noventeiros em todo o mundo), passeando com segurança pelo pós-punk, noise, indie rock e shoegaze. Destaque para o primeiro single Estrellas Místicas (a mais pop do álbum), além de Enemigos del Espiritu, Un Rayo de Sol, Ellas se Burlaron de mi Magia (TAB puro!), Delírio Místico e a maravilhosa De la Mano de las Almas Oscuras (levando o 'troféu Kim Deal' de melhor backing/coro feminino de 2013, culpa da vocalista-baixista Isabel Cea).
Após um longo e silencioso inverno virtual, este blog volta a ser atualizado com um post "pra cima", a bailarrrrr, quase (?) "zueira". Os culpados são Los Indie Gentes, mais novo projeto do incansável Migue, à frente também dos ótimos La Ola Que Queria Ser Chau e Los Migues(que é, basicamente, o seu alter-ego musical, ou a típica banda-de-um-homem-só).
Nada melhor, entonces, do que abrir os trabalhos primaveris do CAMBiO com um clássico recente (não devia soar contraditório...) do novo rock argentino em inusitada versão reggaeton (sim, o polêmico e dançante ritmo caribenho). Trata-se, pois, de Más o Menos Bien, um dos momentos altos de La Dinastía Scorpio, último (e espetacular) disco dos platenses El Mató A Un Policía Motorizado. Enquanto El Mató encerrava sua turnê européia (hoje a banda faz o último show, em Madrid), Los Indie Gentes aproveitavam para homenagear os conterrâneos; inclusive mashupando suas melodias e "sujando" seus versos sem dó - com direito a potpourri hilário, incluindo trechos de: Amigo Piedra, Navidad de los Santos, Día de los Muertos, Vienen Bajando e Rey del Terror. São easter eggs que tanto podem passar desapercebidos pelos incautos, como alarmar os puristas, por verem seus heroes de la navidad (per)vertidos em um ritmo caliente. Quer descobrir se a versão ficou mais ou menos bien, ótima ou ruim? Basta clicar AQUI para escutá-la e baixá-la grátis.
Amigo, espero que el porro no se acabe y todo siga mucho más que bien.
Esta versão de Los Indie Gentes, aliás, me lembrou outra banda under argentina, Los Reyes del Falsete, que no fim do ano passado lançou seu segundo álbum, Días Nuestros. Isto porque Los Reyes fecham o disco com uma cúmbia-villera-(?)-indie-lo-fi chamada San Jorge. Hereges!! Para os que ainda não sabem, cúmbia é um ritmo colombiano popularíssimo de raízes africanas (afinal, o quê NÃO veio da África?), disseminado por quase todos os países da América Latina. No Brasil, podemos ouvir ecos de cúmbia na guitarrada, carimbó e lambada.
Y bueno, deixo-lhes o vídeo-paródia de San Jorge, que conta até com coreografia bizarra, ou seja: assistam, aprendam os passos e juntem os amigos para repeti-los no próximo churrasco. Santa primavera!!!
Hoje não é día de los enamorados na República Dominicana, mas mesmo assim a dupla de hermanasLas Acevedo resolveu lançar o seu novo EP Fiesta en la Vitrolaque, para não variar,exala amor e candura por todos os poros, acordes e cordas vocais. São 4 canciones folk-pop ensolaradas, perfeitas para salvar um domingo tenso ou uma quarta-feira intensa.
Anabel Acevedo já havia organizado uma bela coletânea especialmente para o San Valentín (14 de fevereiro), entitulada Me Derrito Por Ti. A propósito, ei-la aqui. E por coincidência, nesta segunda-feira as gêmeas dominicanas anunciaram mais uma leva de 4 temas próprios com sua marca registrada: amolecer corações de pedra. Sejam eles casados, solteiros, enamorados, solitários.
Não há melhor companhia musical para hoje. Las Acevedo te dão colo, te contam histórias, fazem cafuné nos seus ouvidos, tudo em menos de 10 minutos (o tempo do EP). Depois é só correr pro abraço da(o) amada(o) ou do travesseiro. Não importa.
Acontece neste sábado e domingo mais uma edição da já
tradicional Virada Cultural de São Paulo. Este ano, para não variar, centenas de atrações dividem-se em inúmeros palcos pela cidade. Serão artistas e bandas nacionais e
internacionais de vários estilos e gostos, além de teatro, cinema, exposições, workshops, gastronomia, circo,
stand-up
comedy e o escambau.
Mas vamos nos ater ao que realmente interessa neste blog: separamos os 12 artistas ibero-americanos que vêm se apresentar no referido evento. Há grupos da Argentina, Chile, Uruguai, Portugal, Jamaica e Rio Grande do Sul. =P
A
energética Orquesta Típica Fernandez Fierro, que já havia mostrado o
seu tango furioso anteriormente em São Paulo (no Auditório Ibirapuera),
agora fecha o palco Estação da Luz, sucedendo o despojado grupo Língua
de Trapo.
No
dia seguinte, mais orquestra de tango (e não só). Uma sequência de
artistas argentinos de estilos variados (e uma banda chilena) tocam
madrugada adentro, até raiar o sol. Primeiro, o dúo de rock e música eletrônica portenho Rascacielos (Gustavo Lamas e Leo García). Em seguida, o tango renovado da Orquesta El Arranque. O sotaque muda com a ótima banda chilena Juana Fé, que mistura cumbia, salsa, rumba e ska. E fechando, a premiada 34 Puñaladas, uma orquestra de tangos carcelarios, reconhecida como uma das mais originais no estilo.
A super banda de ska-reggae argentina Satelite Kingston toca de manhã cedo, logo antes do músico Priest Tiger e Nyabingh Chants, da Jamaica. Serão,
no mínimo, 3 horas de good vibration, quem sabe até 4:20. =P
Ideia do músico gaúcho Arthur de Faria, insere o Brasil de vez no riquíssimo caldeirão musical latino-americano, ao trazer criativas fusões de ritmos brasileiros com argentinos e uruguaios. Os membros do projeto se descrevem en español como:
Siete de los más interesantes artistas del cono sur, casi todos ellos
compositores, todos con relevantes carreras solistas (o con grupo)
reunidos para mixturar sus canciones y temas instrumentales con los
clasicos y las perlas olvidadas de Uruguay, Brasil y Argentina.
Veterana e soturna banda de rock portuguesa, que mistura rock alternativo, pós-punk e beatnik, sobe ao palco na madruga de sábado, entre um show-tributo-homenagem ao falecido cantor Chorão, do Charlie Brown Jr, e os norte-americanos Soft Moon.
Mais
duas bandas portuguesas, com certeza. Curiosidade: o líder do Wordsong, Pedro
d'Orey, foi membro do grupo brasileiro Metrô (!!) nos anos 80
(dos hits Beat acelerado e Tudo pode mudar, ressuscitados nas Festas Ploc da vida). Com este projeto, nada de saudosismo pop oitentista. Pedro
traz ao PalcoPátio do Colégio músicas inspiradas em poemas de Fernando Pessoa. Mas, vai saber,
também. No balanço das horas, tudo pode mudar...
E a belíssima dupla experimental Osso Vaidoso (Ana Deus e Alexandre Soares)toca na sequência, na mesma hora dos conterrâneos Mão Morta, mas em palcos diferentes.
Para saber um pouco mais sobre as três bandas lusitanas da Virada, clique aqui.
O
consagrado cantor uruguaio - que dispensa apresentações - fecha
merecidamente a Virada Cultural no Palco Julio Prestes, tocando logo depois de
Criolo e Racionais MC's. Em Porto Alegre, semana passada, foi assim:
Ela é dominicana, filha de brasileiro, radicada nos Estados Unidos e
pupila de Wyclef Jean (ex-Fugees). Jarina de Marco é seu nome e Main Dish
o primeiro rebento musical.
A canción faz parte da mixtape de Wyclef chamada April Flowers, onde o rapper e produtor
haitiano abre espaço para inúmeras participações especiais - um extenso
cardápio contendo 33 músicas. A filha do músico Tadeu de Marco surge
apenas na 28ª do álbum - e sua interpretação é saborosíssima, o que se espera de um prato
principal.
Com pouco menos de 3 minutos, o tema é viciante, desde a batida até o sample (o mesmo usado em Big Pimpin', de Jay-Z), passando, claro, pela bela voz de Jarina, que alterna com desenvoltura inglês e espanhol em suas rimas e melodias.
A cantante-rapera dominicana provavelmente virá com mais
delícias sonoras em breve. Main Dish, então, seria apenas um
aperitivo, uma provinha. Enquanto novas receitas não vêm, desfrutem-na:
Em sua coluna no ótimo site La Casetera, Max “Drlacxos” Cueto fala um pouco mais sobre a carreira de Jarina de Marco.
